Escreve-me um leitor: «A minha dúvida de hoje é: como devo designar uma aliança entre a Dinamarca e a China? Dano-chinesa ou dinamarco-chinesa?»
Ambas estão correctas. Contudo, para evitar a estranheza por parte do leitor, eu sugeria que não se usasse, embora correcta e registada em alguns dicionários, a forma truncada do adjectivo «dinamarquês». Logo, dinamarco-chinesa. E melhor ainda, tanto mais que a precedência verbal não indicia, não sugere nem cria precedência no mundo dos factos, o que no caso nem se aplica, pois trata-se de uma aliança, e também por ser mais eufónico, sino-dinamarquês. Tudo menos, como já vi, duas formas truncadas.
[Post 3421]
1 comentário:
De minha parte, acho que é a estranheza, o confrontamento com o desconhecido, que nos leva a descobrirmos novas palavras e a ampliarmos nosso léxico. E o que o autor pode fazer, para não obrigar ninguém a ir ao dicionário, é deixar claro, pelo contexto, que "dano-" se refere a dinamarquês, mencionando a Dinamarca e a China antes de aplicar o termo. Isso bastará para o leitor minimamente inteligente ligar os pontos.
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