18.5.10

Regência do verbo «preferir»

Não pode ser


      «“Prefiro morrer no meio daquelas magníficas montanhas do que sozinho na cama de um hospital sinistro”» (O Que Faço Eu Aqui?, Bruce Chatwin. Tradução de José Luís Luna e revisão de Carlos Pinheiro. Lisboa: Quetzal Editores, 2009, p. 233). «Os Nakhis são gente apaixonada e, ainda hoje, jovens amantes preferem envenenar-se, afogar-se ou saltar de um abismo, do que sujeitarem-se a um casamento indesejado» (idem, ibidem, p. 235).
      Uma tradução não é o texto adequado para a exibição de semelhantes relativismos linguísticos. A norma culta portuguesa manda usar-se a construção «preferir uma coisa a outra», e o tradutor e o revisor não podem ignorá-la.

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