21.6.10

Léxico: «chino»

Não me convence


      «Os distúrbios registaram-se à hora do almoço, entre presos de nacionalidade brasileira e outros de raça negra. “Dois dos reclusos envolvidos estavam a lutar com um xino [uma faca artesanal]”» («Reclusos à facada», Francisco Pedro, Correio da Manhã, 19.06.2010, p. 25).
      A grafia com x deste termo da gíria prisional não me convence. E vejo que também não convenceu um jornalista do Diário de Notícias: «No início de 2009, no Estabelecimento Prisional de Coimbra, um recluso romeno, a cumprir pena pelo homicídio de um taxista em Lisboa, teve de ser transportado ao hospital por se ter envolvido em conflito com um ou mais reclusos. O romeno sofreu cortes que terão sido desferidos com um canivete de quatro centímetros de lâmina, uma arma branca denominada na gíria prisional como “chino”» («Sindicato diz ser “pouco comum haver agressões entre reclusos”», Diário de Notícias, 6.02.2010).
      (Sobre gíria prisional no Brasil, ver este texto do sítio institucional do Ministério Público da Paraíba.)

[Post 3604]

1 comentário:

aquelabruxa disse...

A mim também não, prefiro “chino”. “Charro” e “bué” já constam dos dicionários da língua portuguesa, talvez “chino” seja o próximo. Eu gostava era de saber de onde provém a denominação. Não tenho Adobe, não pude ler o texto sobre a gíria prisional no Brasil.