22.7.10

Exónimos e endónimos

Si eis placeret


      «Ao tratar dos nomes de cidades, línguas, grupos humanos, etc.», escreve o linguista e escritor espanhol José Antonio Millán (e eu traduzo), «convém distinguir entre a forma como se chamam a si mesmos e a forma como lhes chamam outros. Os habitantes da cidade de Londres chamam-na London, enquanto os que vivem na Alemanha se referem a ela como Deutschland. Chamamos ao primeiro termo destes exemplos exónimo, do grego ἔξω, éxō, “fora” e ὄνομα, ónoma, “nome”, e ao segundo, endónimo, de ἔνδον, éndon, “dentro”. As diferenças entre uns e outros são uma lição de História.»
      Para quem, em algumas editoras, há alguns anos decidiu que devemos optar pelos endónimos é que a lição será mais completa e exemplar. Em português, é raríssimo encontrar os termos referidos. Encontramo-los aqui, no glossário do portal do Sistema Nacional de Informação Geográfica (SNIG).

[Post 3712]

2 comentários:

Anónimo disse...

Oh, nunca ninguém ficará satisfeito com as várias opções endoexónimas. Ainda aqui há tempos um dos cronistas da Ler se atirava ao ar dizendo que não se devia aportuguesar nada-de-nada, senão as pessoas iam à procura no Google e não descobriam (ou lá qual era o argumento)...

Mas há coisas piores, como «Mailand» por «Milano» em traduções do alemão, ou ainda «Mechlin/Malinas» em vez de «Mechelen/Malines».

Paulo Araujo disse...

O único dicionário brasileiro que registra esses termos é o Sacconi:
e.xô.ni.mo (x = z) s.m.(o) Nome pelo qual um topônimo é conhecido em outra língua que não aquela(s) falada(s) nativamente (p. ex.: Nova Iorque, Nápoles). 5 Antôn.: endônimo. 2 Do grego éxos = fora, externo + ónyma, por ónoma = nome.

"en.dô.ni.mo s.m.(o) Nome pelo qual um topônimo é conhecido em sua própria língua; topônimo nativo, autóctone (p. ex.: Los Angeles, New York, Napoli). 5 Antôn.: exônimo. 2 Do grego éndon = dentro, interno + ónyma, por ónoma = nome.