«A PSP de Leiria e a ASAE apreenderam roupa, CD, DVD, óculos e perfumes contrafeitos no mercado do Levante. Três feirantes foram detidos» («Leiria. Material contrafeito», Correio da Manhã, 22.07.2010, p. 12).
O revisor antibrasileiro estava ao meu lado, pelo que lhe perguntei, como quem não quer a coisa, o que entendia da notícia e, especialmente, quanto ao local. Que tudo tinha acontecido, afirmou, no mercado de Levante, provavelmente alguma localidade, uma aldeia, de Leiria. Vê, senhor jornalista? Vê, senhora revisora? Dois erros em duas palavrinhas. Não é do, mas de; não é Levante, mas levante. A locução é de levante. Alguns dicionários registam-na, mas sem a referirem de forma explícita aos mercados. Habitualmente, nos regulamentos municipais, os mercados são classificados em permanentes ou de levante conforme disponham ou não de instalações próprias e fixas e se destinem essencial e predominantemente à venda a retalho de produtos alimentares. Dezenas de localidades têm, ainda hoje, mercados de levante. De levante porque são provisórios, se levantam. Com maiúscula inicial, Levante, é coisa bem diversa: é o conjunto dos países do Mediterrâneo Oriental (Turquia, Síria e Egipto) e Ásia Menor, como o define o Dicionário Houaiss.
O revisor antibrasileiro não deixou de afirmar, e eu acredito, que, se tivesse sido ele a rever a notícia, não deixaria de pesquisar, pois desconhecia a locução. É a atitude certa.
O revisor antibrasileiro não deixou de afirmar, e eu acredito, que, se tivesse sido ele a rever a notícia, não deixaria de pesquisar, pois desconhecia a locução. É a atitude certa.
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