29.7.10

Verbos pronominais

Decidir-se por


      O revisor antibrasileiro voltou ontem a afirmar pernóstica e categoricamente que a forma como os Brasileiros escrevem e falam tem contribuído decisivamente para a degradação da língua portuguesa. Há ali, nada me desconvence, qualquer trauma, e menos latente que efervescente. Pouco falta, se algo falta, para negar a existência de verbos pronominais na língua portuguesa. «Veja aqui: “O presidente decidiu-se pela dissolução do clube.” “Decidiu-se”! Já não é “decidiu pela”.» Não me mostrei bisonho e disse-lhe que eu me decidia pela pronominalização. Amochou. («Retraiu-se», diria, se ele não se melindrasse com o se inerente.)

[Post 3740]

2 comentários:

Jonh disse...

Hélder, tenho uma dúvida que gostaria, se possível, de ver esclarecida: na seguinte expressão, será correcto utilizar "de o" em vez "do"?

"Tivemos a sorte de o Carlos estar inspirado" ou "Tivemos a sorte do Carlos estar inspirado"?

Desde já agradeço.

João

Helder Guégués disse...

De o. Modernamente, não se faz a contracção se se seguir um infinitivo («estar inspirado»).