O revisor antibrasileiro voltou ontem a afirmar pernóstica e categoricamente que a forma como os Brasileiros escrevem e falam tem contribuído decisivamente para a degradação da língua portuguesa. Há ali, nada me desconvence, qualquer trauma, e menos latente que efervescente. Pouco falta, se algo falta, para negar a existência de verbos pronominais na língua portuguesa. «Veja aqui: “O presidente decidiu-se pela dissolução do clube.” “Decidiu-se”! Já não é “decidiu pela”.» Não me mostrei bisonho e disse-lhe que eu me decidia pela pronominalização. Amochou. («Retraiu-se», diria, se ele não se melindrasse com o se inerente.)
[Post 3740]
2 comentários:
Hélder, tenho uma dúvida que gostaria, se possível, de ver esclarecida: na seguinte expressão, será correcto utilizar "de o" em vez "do"?
"Tivemos a sorte de o Carlos estar inspirado" ou "Tivemos a sorte do Carlos estar inspirado"?
Desde já agradeço.
João
De o. Modernamente, não se faz a contracção se se seguir um infinitivo («estar inspirado»).
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