«Os corpos de mãe e filha serão hoje resgatados por familiares no IML de Aveiro, por volta das 10 horas, seguindo para a igreja matriz de Arcozelo das Maias, onde ficarão em câmara ardente até às 15 horas. Serão sepultados em campa de família, no cemitério local. “Estamos todos de luto. Eram duas almas boas. Os meninos (órfãos de mãe) perderam duas mães”, diz uma prima directa das vítimas» («ADN confirma mãe e filha carbonizadas», Jesus Zing, Jornal de Notícias, 28.08.2010, p. 4).
Primos há muitos, e direito e directo são palavras divergentes, isso é verdade, mas o que sempre ouvi e li foi primo direito.
Todos os dicionários que consultei grafam câmara-ardente desta forma, com hífen. E todos os jornais, os bons e os menos bons, assim grafam: «O corpo de Barradas está em câmara-ardente no Palácio das Galveias, em Lisboa, de onde o funeral sai hoje, às 15.00, para o Cemitério do Alto de São João» («No teatro como na vida era um militante de esquerda», M. J. C., Diário de Notícias, 20.11.2009, p. 51). «O corpo do actor está em câmara-ardente hoje, a partir das 17h00, na Basílica da Estrela, em Lisboa» («Actor Luís Zagallo parte aos 69 anos», Sofia Rato, Correio da Manhã, 28.06.2010, p. 41).
[Post 3828]
2 comentários:
Encontro o vocábulo "câmera" nos nossos dicionários do costume, referindo que tem apenas a aceção no âmbito da fotografia e cinema. O que acha o nosso estimado Helder Guégués do seu uso em Portugal? E pode traduzir-se "cameraman" numa só palavra?
"camarógrafo" não aparece no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa" da Infopédia (Porto Editora) mas aparece no Portal da Língua Portuguesa (www.portaldalinguaportuguesa.org). Porquê?
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