14.8.10

Grafia dos topónimos

Realmente


      «O reencontro de uma família de emigrantes portugueses que vivem em Espanha e França ficou marcado pela tragédia quando o automóvel em que seguiam avós e três netos saiu da estrada, a cinco quilómetros de Alconchel, na Estremadura espanhola, provocando a morte a um rapaz de oito anos» («Rapaz de oito anos morre em acidente a caminho de França», Luís Maneta, Diário de Notícias, 12.08.2010, p. 19).
      Sim, Estremadura, pelo menos para nós. Aliás, em Cervantes e em autores coevos, a grafia é esta. Vejo de novo a tradução do D. Quixote de José Bento (O Engenhoso D. Quixote de la Mancha, Miguel de Cervantes. Tradução e notas de José Bento e revisão de Helder Guégués. Lisboa: Relógio D’Água), e não leio Ciudad Real, mas Cidade Real, não leio Valladolid, mas Valhadolide. Mais, até topónimos como Miguelturra são transformados — Miguel Turra. E são, lembro aos leitores distraídos, topónimos reais, que não utopias ficcionais.

[Post 3784]

4 comentários:

R.A. disse...

"... uma família de emigrantes portugueses que vivem em Espanha..."
Não ficaria melhor: "... que vive..."?

Anónimo disse...

Os emigrantes vivem, não a família.

Francisco Agarez disse...

Agora não percebi: Os emigrantes vivem mas a família não? Pensei que os emigrantes vivam em Espanha como família!

Anónimo disse...

Apenas quis dizer que a concordância do verbo tende a vir com o sujeito mais próximo dele, não que você seja ignorante ou desapercebido, Francisco. Se lhe dei essa falsa imagem, peço desculpas.