16.9.10

Sobre «item»

Repito: há sempre pior


      Lembram-se decerto de aqui ter dado conta do meu ódio de estimação ao vocábulo «item». Pois esta semana tive de engolir um. Vejam agora neste excerto de um artigo do Diário de Notícias: «Os trabalhos iniciaram-se em 2007 e foram faseados, de modo a que a biblioteca só tivesse que encerrar neste último período. Recuperação de espaços, adaptação às novas tecnologias, catalogação e rearrumação dos itens, eliminação de estruturas decadentes, climatização e controlo da humidade em todas as alas, sistemas anti-incêndio e de segurança. Dentro de dois anos, a intervenção ficará completa com a abertura do Salão Sistino como segunda sala de consulta de estampas e litografias» («‘Chip’ impede roubo de livros no Vaticano», Manuela Paixão, Diário de Notícias, 12.09.2010, p. 26). E porque está grafado em itálico? Não uma, mas duas vezes: «A Biblioteca Britânica é a maior do mundo em quantidade de itens, tendo sido criada em 1973» («‘Chip’ impede roubo de livros no Vaticano», Manuela Paixão, Diário de Notícias, 12.09.2010, p. 27).

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