7.11.10

Como se escreve nos jornais

Non habemus correctores


      O cardeal protodiácono, perdão, o jornalista Miguel Gaspar quis escrever latim e saiu espanhol. Acontece. «Até que chegou a noite de sexta-feira, 29 de Novembro. Depois da ruptura, o acordo. Sabia-se que Teixeira dos Santos estava chez Catroga. E que o clima de serenidade doméstica fora mais propício ao fumo branco do que o bulício do Parlamento. Pouco depois das onze da noite, confirmou-se a notícia que já circulava pelas televisões. Habemos orçamento. E para o dia seguinte marcou-se a cerimónia solene da assinatura do dito cujo» («Os homens da luta», Miguel Gaspar, «Pública»/Público, 7.11.2010, p. 14). Os copidesques não deram por nada.

[Post 4054]

2 comentários:

Francisco Agarez disse...

Ou como um itálico de falso latim nos distrai do facto de estarmos hoje em 6 de Novembro e o artigo dizer que o acordo foi assinado a 29 de Novembro. Glosando um verso de Sérgio Godinho, "a escrita (do Público) é feita de pequenos lapsos."

Helder Guégués disse...

Sim, vou já avermelhá-lo para escarmento do jornalista desatento.