Ad cautelam
«Nas palavras do líder parlamentar comunista, uma moção de censura ao Governo não se destinaria a produzir uma mera substituição do Executivo. Serviria, isso sim — ao exemplo da moção de censura apresentada pelo PCP em 2010 —, para contestar a política económica do Governo e afirmar a alternativa corporizada pelo partido censurante» («A fisga e o míssil», Diário de Notícias, 9.02.2011, p. 6).
Pode ser gralha, e aqui não se cuida de tais insignificâncias. Contudo, quem sabe? Tanto mais que, tratando-se do editorial do jornal, devia ter havido mais cuidado. A locução correcta é a exemplo de. Vai um exemplo antigo: «Ela foi a primeira que a exemplo de seu Divino esposo introduziu nas salas de Palácio a humildade piedosa do Lava-pés» (Sermões, padre Manuel dos Reis. Coimbra: Oficina da Universidade, 1724, p. 471).
[Post 4423]
1 comentário:
«... de Palácio», giro clássico, e não «do Palácio», note-se. Matiz que não escapou à explicação e comento de Mário Barreto, «Através da Gramática...».
- Montexto
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