No Mississípi e aqui
«Estava livre de ser apanhado e castigado, e então dirigiu-se à praça da vila onde duas “púrrias” se iam encontrar, para se bater, como tinham combinado» (As Aventuras de Tom Sawyer, Mark Twain. Tradução de Berta Mendes. Lisboa: Editorial Inquérito, 1944, p. 33).
Quem é que, hoje em dia, conhece o termo «púrria»? Ninguém. É, na definição do Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, um bando de garotos. O Dicionário Houaiss, porém, não se fica por aí: de rapazes mal-educados. Gente como Huckleberry Finn, imagino.
[Post 4473]
4 comentários:
Por que razão a tradutora terá sentido necessidade de aspas?
Para não sujar as mãos... Há setenta anos, os tradutores já tinham estes tiques.
Eu conheço. Nas brigas entre bairros rivais era grito de guerra antes duma saraivada de pedrada. E não era só entre garotada.
Do Alto do Pina conheço gente com memória viva disso.
Cumpts.
Bons tempos, esses, caro Bic, em que um cidadão não precisava de ir ao ginásio para se manter em forma!
- Montexto
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