9.2.11

Pôr/colocar/meter

Também eles mereciam

      Em Northampton, Inglaterra, uma senhora idosa impediu que uma joalharia fosse assaltada, pois atacou os ladrões. Mas ouçamos a jornalista Teresa Nicolau, no Telejornal de ontem: «Sem medos, e apenas com a carteira de mão, atacou, e até se pode dizer, violentamente, os seis assaltantes, que se meteram logo em fuga.» Para evitar estes disparates, ainda não há cursos na RTP. No rodapé, lia-se: «Super-avó». Baralham-se com pouco: metem, põem e colocam onde menos se espera.

[Post 4416]

2 comentários:

Anónimo disse...

Não creio que ande longe da verdade quem vir no largo consumo de «meter» e «colocar» uma fuga mais ou menos consciente aos maiores barbicachos da conjugação de «pôr», com os seus circunflexos e «ss» (ou «zz»? Ah!).
Récipe: caldos áfios de Vieira e, antes da deita, leitura aplicada de dicionário de verbos conjugados.
NB: variar de dicionário e evitar sempre os mais modernos; até as edições modernas de Vieira podem ser perigosas, como já aqui se viu.
- Montexto

Anónimo disse...

Mais um exemplo: já não se movem, nem põem, nem interpõem, acções (contra o Estado, neste caso); agora colocam-se. Ver

http://www.snesup.pt/htmls/extra/2011/02/QueacodevocolocarcontraoEstadoequedespesasterei.shtml