24.2.11

«Prof/profe», de novo

Não custa nada

      «Os dez passos dos profs para o bloqueio» (Ana Bela Ferreira, Diário de Notícias, 24.02.2011, p. 2).
      Cá está: se se grafar profe no singular, o que é mais conforme à língua portuguesa, teremos um plural regular: profes. Tentem.
                                                          
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9 comentários:

Anónimo disse...

Entre uma forma escorreita e preferível e outra que o é menos, mas apresenta ar arrevesada e terminação forasteira, qual escolherá o bom lusíada, coitado? Ora aí está.
— Montexto

Bic Laranja disse...

O 'tuga' escolhe setor. O bom lusíada (salvo as excepções presentes) já acabou.
Cumpts.

R.A. disse...

Não devia grafar-se "s'tor"?
É que é mais uma transcrição fonética do que uma palavra nova. Pelo menos para já...

Viva o apóstrofo!

Bic Laranja disse...

O tuga sabe lá o que é grafar... Quanto muito sabe dizer xô'tor.
Cumpts.

R.A. disse...

Afinal o que é um "tuga"? É palavra de crioulo (*)? É uma aceção depreciativa de "português"? Ou podemos dizer que o "Bic Laranja" é, como alguns de nós, um "tuga"?

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(*) «Língua, originada pelo contacto de uma língua europeia com a língua nativa de uma região, que se tornou língua materna de uma comunidade.» in Dic. Priberam.

Bic Laranja disse...

Boa pergunta caro R.A.. Crioulo não é. É derivado de "portuga", termo informal para "português".
Se vossemecê me chamar tuga eu não lhe acharei muita graça, mas encontra-se por aí muito bisonho com direito a voto que acha piada em se auto-intitular tuga.
Chame-me elitista ou snob.
Cumpts.

R.A. disse...

Escreve-se, em português, "snobe"?
Ou devemos adotar o termo brasileiro "esnobe"?
Eu prefiro "petulante" ou "presumido".
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O Dic. Houaiss data "esnobe" de 1899.

Anónimo disse...

Eis aqui um bom ensejo de chamar a atenção para uma inutilidade, irregularidade e, quanto a mim, até erro, já que o nosso caro Bic parece ser dos que se interessam destas coisas, e se empenham em observar as boas praxes, se tiver notícia delas.
É mais uma invencionice escusada, decerto inspirada em modismo inglês, e bastante comum e a generalizar-se perigosamente. Refiro-me àquele «auto» mal-ajoujado a «intitular-se», como se costuma ver também a outros verbos do mesmo género. Conste pois que o que se pretende significar com o parasita e descartável «auto» é o mesmo que com o obrigado «se». E, se porventura for absolutamente necessário desambiguar ou esclarecer a frase a bem da imprescindível perspicuidade, então acrescente-se «a si próprio, a si próprios, a ti próprio, a mim próprio, a nós próprios, a vós próprios», conforme os casos, e como fizeram sempre os nossos bons autores, enquanto os tivemos.
Quanto ao ponto final a seguir ao outro da inicial do nome (A..), também é desnecessário: o primeiro absorve o segundo.
— Montexto

Bic Laranja disse...

@ R.A.
Faltou porventura o itálico. É que o snob sai-me sempre pelo guichet. Já vê, o elitismo...

@ Montexto
Quer lá ver o disparate! Pois é evidente, o pronome reflexo... Tem toda a razão! Não serve de desculpa, mas aqui temos a prova como a linguagem é um mimetismo danado; a gente ouve e ganha o vício.
Lição aprendida. Obrigado!

Cumpts. a ambos