Manet et manebit
Relativo a máquina? Maquínico. Tornar caótico? Caotizar. Linguagem de filósofo, mas não é disto que quero falar. «Segundo o próprio pai, mais que combater, o prodígio com nome a soar a pintor francês esteve na retaguarda a preparar a estratégia militar e as negociações de paz que se seguiram» («Chama-se Manet e faz tudo para ter boa pinta», Leonídio Paulo Ferreira, Diário de Notícias, 21.02.2011, p. 7).
Soar é polissémico, sim, mas no caso não se trata da acepção «ter semelhança com; parecer-se»? (Acepção que nem todos os dicionários acolhem, decerto por distracção.) Então o nome de Hun Manet, filho do primeiro-ministro cambojano, não tem nome a soar a pintor francês — tem o mesmo nome. Se se chamasse Mainet, por exemplo, é que soaria a nome de pintor francês.
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1 comentário:
Pior, três mil vezes pior, ou como se escreve nos blogues, ou tomai lá da Ana Gomes, blogue Causa Nossa, hoje, e saboreai-me esse vernáculo hodierno:
«Quando qualquer desaguisado de meia tigela levar um empresário ou um técnico português a bater com os ossos nas masmorras líbias, à conta de arbitrariedade e da raiva vingativa do regime líbio, talvez em Portugal os responsáveis realizem que estão a lidar com um louco que só tem de previsível a imprevisibilidade e a crueldade.»
E espero que realizeis de uma vez por todas que assim é que a língua se realiza verdadeiramente, nem uma pessoa consegue realizar como nos realizávamos uns aos outros antes desta realização tão real. (É a língua a evoluir, estúpido!)
- Montexto
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