8.3.11

Linguagem

Não gostamos

      «Estudantes do 9.º e 6.º anos da Escola Selecta, em Lisboa, estão entre os melhores alunos e, quando não estão nas aulas, estão em casa a estudar. “Acho que aquela [Amy Chua] é muito regulosa. Eu também sou, mas ainda não cheguei ao nível dela. Ela é mais exigente”, observa Inga, a rir» («Mães tigre em Portugal», Catarina Pires, Notícias Magazine, 6.03.2011, p. 69).
      Que necessidade tem o leitor de saber que a entrevistada, Inga, uma chinesa que vive em Portugal, troca os rr pelos ll? Aliás, e não devia ser «rigolosa»? Não deviam ser os meios de comunicação social os primeiros a evitar tais estereótipos, que só servem para discriminar?

[Post 4540]

2 comentários:

Luís Serpa disse...

É revoltante. Ainda aqui há uns tempos me insurgi contra um artigo no Expresso no qual o jornalista troçava do sotaque do entrevistado (um gestor nórdico a viver em Portugal).

Espero que a leitura do Assim Mesmo seja obrigatória nas escolas de Comunicação Social e nas redacções dos jornais.

Anónimo disse...

E «mães tigre»? Não me soa...
— Montexto