23.4.11

«Sem-abrigo»: plural

Entre graça e desgraça

      «Um ou outro quadro foi um verdadeiro achado, como o da entrevista de Márcia Rodrigues (Rueff), de véu islâmico, a Khadafi (Monchique) e a Sopa dos Pobres, com sem-abrigos deliciados com pratos de comida molecular preparados por um chef que dá nomes imaginativos às suas performances gastronómicas» («Entre a graça e a desgraça», Eduardo Cintra Torres, «P2»/Público, 22.04.2011, p. 7).
      Já aqui nos ocupou mais de uma vez esta palavra. Não é raro ouvi-la pluralizada. Veremos como será daqui a cem anos.

[Post 4718]


2 comentários:

Bic Laranja disse...

«Com sem-...» é um cozinhado digno dum chef inventor de nomes imaginosos.
Performances gastronómicas tem algo que ver com o desempenho dos Activia no trânsito da Fátima Lopes? Cheira-me que sim...
Daqui a cem anos já o «politicamentezinho correctozinho» substituiu umas poucas de vezes os Sem-Abrigo & Suc. cujas mais-valias semânticas se foram depreciando. Com um nadinha de senso já a reciclagem da entidade reguladora ou agência nacional destas coisinhas terá homologado outra vez os «Mendigos». Mas com maiúscula, para não parecer mal.
Cumpts.

Anónimo disse...

Veremos daqui a cem anos... Nunca melhor definição de optimismo.
— Montexto