27.1.06

Erramos e errámos

O texto do DN

      Eu tenderia a crer que o editor do Diário de Notícias queria dizer que erramos sempre, isto é, somos falíveis e reconhecemo-lo, e não que pontualmente, no caso em apreço, errámos. Há, porém, uma objecção a fazer: o editor afirmava que aquele era um exemplo de uma falha que poderia desencadear uma ligação mais forte com os leitores. Uma falha concreta. Logo, seguindo este raciocínio, deveria ter sido usado o pretérito perfeito do indicativo: «errámos». Repare, contudo, que neste caso que nos ocupa a compreensão da frase não fica comprometida por se usar uma ou outra forma.
      Quanto à boa prática do The Guardian, que cita, julgo que é a que o DN deverá seguir — prestando dessa forma, em simultâneo, um verdadeiro serviço público e formação contínua aos seus jornalistas. O que o Público faz tem um interesse muito restrito, e, no que respeita à língua, totalmente irrelevante.

Sem comentários: