E é pra já!
Recentemente, um consulente brasileiro do Ciberdúvidas ordenava: «Quero três exemplos de derivação parassintética para a palavra “novo”.» Assim, sem mais, como quem diz: «Suas bestas, seus macrocéfalos desmiolados, passem já para cá o dinheiro!» Acho que, nas mesmas circunstâncias, não lhe responderia. Mas enfim, como não é comigo, eu também respondo à intimação. O que o consulente queria, decifraram os especialistas do Ciberdúvidas, era que lhe indicassem palavras derivadas por parassíntese da palavra «novo». Ao ler a resposta, lembrei-me de uma entrevista que a escritora Luísa Dacosta deu ao Expresso, na qual confessava que incorporara palavras inventadas pelos seus alunos nas obras que escreveu. Uma dessas palavras era «renovescer», em vez de «renovar». As árvores, escreveu uma menina numa redacção, estavam a renovescer. Ou seja, houve adjunção simultânea de um prefixo e de um sufixo a uma base, geralmente um adjectivo ou um nome: re+novo+escer. Ouçamos os nossos alunos.
Recentemente, um consulente brasileiro do Ciberdúvidas ordenava: «Quero três exemplos de derivação parassintética para a palavra “novo”.» Assim, sem mais, como quem diz: «Suas bestas, seus macrocéfalos desmiolados, passem já para cá o dinheiro!» Acho que, nas mesmas circunstâncias, não lhe responderia. Mas enfim, como não é comigo, eu também respondo à intimação. O que o consulente queria, decifraram os especialistas do Ciberdúvidas, era que lhe indicassem palavras derivadas por parassíntese da palavra «novo». Ao ler a resposta, lembrei-me de uma entrevista que a escritora Luísa Dacosta deu ao Expresso, na qual confessava que incorporara palavras inventadas pelos seus alunos nas obras que escreveu. Uma dessas palavras era «renovescer», em vez de «renovar». As árvores, escreveu uma menina numa redacção, estavam a renovescer. Ou seja, houve adjunção simultânea de um prefixo e de um sufixo a uma base, geralmente um adjectivo ou um nome: re+novo+escer. Ouçamos os nossos alunos.
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