Samicas
Não fico apopléctico nem nada que se pareça, mas não gosto nem um pouco da palavra «quiçá» (do latim quid sapit, «quem sabe»). Sempre que posso, e às vezes posso, altero para «talvez», e pessoalmente nunca a usei. Eu sei, eu sei: estou a contribuir para a morte de uma palavra, logo eu, o divulgador de palavras raras e em desuso. Penitencio-me, mas não vejo solução de compromisso possível. A minha intervenção, todavia, não é nem podia ser cega: ainda há dias alguém traduziu o inglês antigo mayhap por «quiçá» e eu não cortei, como não podia deixar de ser. Pelo contrário, achei que era a escolha mais apropriada no contexto. Mas estou sempre a temer que alguém use «samicas». Sei lá, há gente tão arreigada ao passado…
Não fico apopléctico nem nada que se pareça, mas não gosto nem um pouco da palavra «quiçá» (do latim quid sapit, «quem sabe»). Sempre que posso, e às vezes posso, altero para «talvez», e pessoalmente nunca a usei. Eu sei, eu sei: estou a contribuir para a morte de uma palavra, logo eu, o divulgador de palavras raras e em desuso. Penitencio-me, mas não vejo solução de compromisso possível. A minha intervenção, todavia, não é nem podia ser cega: ainda há dias alguém traduziu o inglês antigo mayhap por «quiçá» e eu não cortei, como não podia deixar de ser. Pelo contrário, achei que era a escolha mais apropriada no contexto. Mas estou sempre a temer que alguém use «samicas». Sei lá, há gente tão arreigada ao passado…
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