A voz do povo
A minha sogra, uma pequena proprietária rural brasonada que de vez em quando chama provinciano ao meu sogro (o que é, a par de um insulto leve, de uma notável intuição etimológica, pois que Proença, que é o apelido dele, deriva do provençal «Provincia-»), usa o muito popular e arcaico adjectivo «rudo». Se o arroz não está ainda cozido, por exemplo, ela diz que «o arroz está rudo». Na evolução da língua, «rude» chegou, de facto, a ser biforme.
A minha sogra, uma pequena proprietária rural brasonada que de vez em quando chama provinciano ao meu sogro (o que é, a par de um insulto leve, de uma notável intuição etimológica, pois que Proença, que é o apelido dele, deriva do provençal «Provincia-»), usa o muito popular e arcaico adjectivo «rudo». Se o arroz não está ainda cozido, por exemplo, ela diz que «o arroz está rudo». Na evolução da língua, «rude» chegou, de facto, a ser biforme.
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