Trocar de sotaque
Com a devida vénia, reproduzo aqui na íntegra um artigo publicado no Diário de Notícias, revelador da extrema complexidade do nosso cérebro.
«Um ataque cerebral deixou a inglesa Linda Walker, de 60 anos, com um estranho feito secundário: acordou com pronúncia da Jamaica. Os familiares nem queriam acreditar quando a empregada administrativa reformada abriu os olhos e começou a falar, sem vestígios do sotaque nasalado de Newcastle que sempre teve.
O chamado [sic] “síndroma da pronúncia estrangeira” é muito raro e foi identificado pela primeira vez na II Guerra Mundial, quando as primeiras palavras de um soldado norueguês, após ter sido ferido na cabeça num raide aéreo inimigo, passaram a ser embrulhadas num perfeito sotaque alemão.
“Não me consigo reconhecer. Tenho constantemente a impressão de que sou outra pessoa”, declarou a desolada Linda Walker ao jornal local Evening Chronicle. Segundo investigadores da Universidade de Oxford, esta inglesa de meia idade [sic], que viveu sempre na mesma região do país, sofre do síndroma [sic] da pronúncia estrangeira, um fenómeno por vezes observado quando as partes do cérebro ligadas à linguagem são alteradas, depois de uma convulsão cerebral.
A doente não se apercebeu imediatamente do facto quando acordou: foi a fisioterapeuta que a questionou acerca da estranha pronúncia. Sempre que fala ao telefone, a maioria dos interlocutores identifica um nítido sotaque jamaicano — também já confundido com italiano e eslovaco» («Mulher acorda de ataque com pronúncia da Jamaica», Diário de Notícias, 5.07.2006, p. 18).
Com a devida vénia, reproduzo aqui na íntegra um artigo publicado no Diário de Notícias, revelador da extrema complexidade do nosso cérebro.
«Um ataque cerebral deixou a inglesa Linda Walker, de 60 anos, com um estranho feito secundário: acordou com pronúncia da Jamaica. Os familiares nem queriam acreditar quando a empregada administrativa reformada abriu os olhos e começou a falar, sem vestígios do sotaque nasalado de Newcastle que sempre teve.
O chamado [sic] “síndroma da pronúncia estrangeira” é muito raro e foi identificado pela primeira vez na II Guerra Mundial, quando as primeiras palavras de um soldado norueguês, após ter sido ferido na cabeça num raide aéreo inimigo, passaram a ser embrulhadas num perfeito sotaque alemão.
“Não me consigo reconhecer. Tenho constantemente a impressão de que sou outra pessoa”, declarou a desolada Linda Walker ao jornal local Evening Chronicle. Segundo investigadores da Universidade de Oxford, esta inglesa de meia idade [sic], que viveu sempre na mesma região do país, sofre do síndroma [sic] da pronúncia estrangeira, um fenómeno por vezes observado quando as partes do cérebro ligadas à linguagem são alteradas, depois de uma convulsão cerebral.
A doente não se apercebeu imediatamente do facto quando acordou: foi a fisioterapeuta que a questionou acerca da estranha pronúncia. Sempre que fala ao telefone, a maioria dos interlocutores identifica um nítido sotaque jamaicano — também já confundido com italiano e eslovaco» («Mulher acorda de ataque com pronúncia da Jamaica», Diário de Notícias, 5.07.2006, p. 18).
2 comentários:
Uma pergunta de alguém que não tem um dicionário ao lado: síndroma ou síndrome? Ou os dois?
Os três: síndromo.
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