17.8.06

Abuso do elemento mega-, outra vez

Megalomania

O uso exagerado do elemento mega-, que já aqui referi, está a tomar proporções preocupantes. Claro que percebo que os jornalistas o prefiram, pela simplicidade, a outros boleios da frase. Não há muitos jornais que escapem a esta forma de escrever, que creio ser a mania do momento.

«Agora, a empresa prepara uma mega-campanha na TV e na rádio, que reverterá ainda mais a seu favor a diabrura dos rebeldes geniozinhos», «Adolescentes britânicos criam toque de telemóvel para enganar os adultos», Sofia Jesus, Diário de Notícias, 2.07.2006, p. 17.

«Mega-aliança GM-Renault-Nissan pode abrir perspectivas à fábrica da Azambuja», Público, 10.07.2006, p. 41.

«A praia de Mira vai acolher hoje a primeira megafesta da comunidade gay na região centro», «Praia de Mira megafesta da comunidade ‘gay’», Diário de Notícias, 21.07.2006, p. 21.

«Cabeçada de Zidane na final do Mundial inspira megaêxito músical [sic] do Verão em França», Ana Navarro Pedro, Público, 3.08.2006, p. 44.

«Mega-rusga “varre” Centro», 24 Horas, 4.08.2006, p. 12.

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