Dilema duplo
Um velho professor de Lógica faz um acordo com um dos seus alunos. O aluno estaria desobrigado de pagar as lições no caso de perder a sua primeira causa. Findo o curso, o estudante não aceitou nenhuma causa. A fim de cobrar a dívida, o mestre processou-o. O jovem defendeu-se com este argumento: ou ganho ou perco a causa. Se ganhar, não terei de pagar as lições (porque o professor terá perdido a acção de cobrança); se perder, também não terei de pagar as lições (em vista do acordo feito com o professor). Logo, não terei, em qualquer caso, de pagar as lições.
O professor, no entanto, redarguiu deste modo: ou ganho ou perco a causa. Se ganhar, o aluno terá de pagar-me (porque terei ganho a acção de cobrança); se perder, o aluno também terá de pagar-me (porque terá vencido a primeira causa). Logo, o aluno terá de, em qualquer caso, pagar.
Um velho professor de Lógica faz um acordo com um dos seus alunos. O aluno estaria desobrigado de pagar as lições no caso de perder a sua primeira causa. Findo o curso, o estudante não aceitou nenhuma causa. A fim de cobrar a dívida, o mestre processou-o. O jovem defendeu-se com este argumento: ou ganho ou perco a causa. Se ganhar, não terei de pagar as lições (porque o professor terá perdido a acção de cobrança); se perder, também não terei de pagar as lições (em vista do acordo feito com o professor). Logo, não terei, em qualquer caso, de pagar as lições.
O professor, no entanto, redarguiu deste modo: ou ganho ou perco a causa. Se ganhar, o aluno terá de pagar-me (porque terei ganho a acção de cobrança); se perder, o aluno também terá de pagar-me (porque terá vencido a primeira causa). Logo, o aluno terá de, em qualquer caso, pagar.
(Adaptado da obra Lógica, de Wesley C. Salmon, 6.ª ed., Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, s/d.)
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