Ratos e muito queijo
«O Mus Cypriacus foi identificado na ilha mediterrânica de Chipre — daí o nome a condizer — e o seu estudo foi publicado na revista científica Zootaxa. […] E o seu estudo revelou que os Mus Cypriaticus [sic] pertence afinal à mesma espécie desses roedores da Idade da Pedra e é um verdadeiro fóssil vivo, que chegou até hoje, vindo do passado» («Há uma nova espécie de rato na Europa», Filomena Naves, Diário de Notícias, 13.10.2006, p. 23). Apesar de já aqui ter abordado esta questão duas vezes (ver textos «Moderna e um pouco burra» e «Napoleão não é para aqui chamado»), não será excessivo, dada a frequência do erro, dedicar-lhe mais um texto.
«O Mus Cypriacus foi identificado na ilha mediterrânica de Chipre — daí o nome a condizer — e o seu estudo foi publicado na revista científica Zootaxa. […] E o seu estudo revelou que os Mus Cypriaticus [sic] pertence afinal à mesma espécie desses roedores da Idade da Pedra e é um verdadeiro fóssil vivo, que chegou até hoje, vindo do passado» («Há uma nova espécie de rato na Europa», Filomena Naves, Diário de Notícias, 13.10.2006, p. 23). Apesar de já aqui ter abordado esta questão duas vezes (ver textos «Moderna e um pouco burra» e «Napoleão não é para aqui chamado»), não será excessivo, dada a frequência do erro, dedicar-lhe mais um texto.
A nomenclatura científica, escrevi então e mantenho enquanto não se realizar outro congresso que altere as regras, exige que no nome composto dos seres vivos se grafe com maiúscula a inicial da primeira palavra e com minúscula a da segunda. Uma vez que a jornalista cita a BBC News online, deveria ter reparado que é assim que lá está grafado: «To understand the history of Mus cypriacus, Dr Cucchi and colleagues compared the shape of its teeth with fossils of mice collected on Cyprus.» Naturalmente que, falhando a jornalista, os revisores deveriam emendar.
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