O legendador copista
A romancista espanhola Rosa Montero foi entrevistada por Paula Moura Pinheiro na edição do programa Câmara Clara da última sexta-feira. Quando, a determinada altura, se falou de Herman Melville e dos escassos exemplares que terá vendido do fabuloso Moby Dick, Rosa Montero afirmou que teriam sido «diecisiete ejemplares». O legendador achou que escrever «exemplares» não denotaria todo o esforço que terá feito para fazer a tradução. Logo, vá de escrever que foram «dezassete cópias». Contudo, «cópia», nesta acepção, é um puro anglicismo. Escusado será dizer que alguns dicionários já acolhem este significado — mas por distracção ou falta de critério, decerto.
A romancista espanhola Rosa Montero foi entrevistada por Paula Moura Pinheiro na edição do programa Câmara Clara da última sexta-feira. Quando, a determinada altura, se falou de Herman Melville e dos escassos exemplares que terá vendido do fabuloso Moby Dick, Rosa Montero afirmou que teriam sido «diecisiete ejemplares». O legendador achou que escrever «exemplares» não denotaria todo o esforço que terá feito para fazer a tradução. Logo, vá de escrever que foram «dezassete cópias». Contudo, «cópia», nesta acepção, é um puro anglicismo. Escusado será dizer que alguns dicionários já acolhem este significado — mas por distracção ou falta de critério, decerto.
2 comentários:
Obviamente não concordo, mas aceito a argumentação.
Anglicismos, galicismos... são inadmissíveis.
A minha batalha preferida é o uso de "passagem" em vez de "passo".
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