12.1.07

Pontuação

Deixem-me pontuar o mundo!


Este texto já faz parte do anedotário nacional. Contudo, quando o pretendemos contar, como já me aconteceu, nunca sabemos onde encontrá-lo, razão que me levou a publicá-lo agora.



Um homem muito rico e avarento estava em agonia. Sentindo a morte chegar, pediu papel, caneta e escreveu assim:
«Deixo os meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.»
Como morreu antes de fazer a pontuação, a quem deixava ele a fortuna? Eram quatro os pretendentes.
O sobrinho fez a seguinte pontuação:
«Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.»
A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
«Deixo os meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.»
O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele:
«Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.»
Por fim, chegaram os sem-abrigo da região. Um deles, bastante expedito, fez esta interpretação:
«Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.»

3 comentários:

Anónimo disse...

Aprendi isto na terceira ou quarta classe.

Anónimo disse...

É muito interessante.
Mostra o valor da pontuação num texto escrito. Valor que muitas (demasiadas) vezes se menospreza.

Anónimo disse...

muito obrigada.
Lucilia