25.5.07

Zara e Beurger King

Ala que se faz tarde!

A notícia é do El País: a Zara pediu desculpa aos judeus ultra-ortodoxos por ter incorrido naquilo que a comunidade considera um grave pecado: ter misturado, nos seus artigos de vestuário, algodão e linho, o que está proibido pelo judaísmo por atentar contra as leis da natureza. Isto faz-me lembrar, pelas implicações religiosas, outro caso, o nome de um restaurante de comida rápida francesa: Beurger King Muslim. Não lhe soa a algo familiar? Claro, é um trocadilho. Neste restaurante, em Clichy-sous-Bois (onde Ségolène Royal obteve 61,70% dos votos), um subúrbio a leste de Paris, a comida é halal, isto é, preparada de acordo com os rituais islâmicos e inspeccionada três vezes por dia. Qual o trocadilho? Beur é a palavra do calão francês por que são tratados os norte-africanos franceses de segunda geração (a palavra resulta da inversão da ordem das sílabas da palavra arab: a-ra-beu, beu-ra-a). Isto é que é humor. Além disso, os clientes podem ver um filme sobre o profeta Maomé enquanto comem. Imagino que bebam Mecca Cola ou Qibla Cola, ao mesmo tempo que insultam o capitalismo.

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