Cuidado
«Nenhuma das candidaturas quis enfrentar de frente o problema dos milhares de empregos, da multiplicação das empresas municipais ou da progressiva transformação da autarquia num vazio político absoluto, com a conivência de quase todos os partidos nacionais» («Perdidos em Lisboa», Miguel Gaspar, Público/P2, 19.07.2007, p. 3). E como é que Miguel Gaspar pretende que se enfrentem os problemas? Pelas costas? Pelos flancos? Em certa medida, é muito mais surpreendente que um jornalista experiente e com mérito caia nestas redundâncias do que pontue mal. E ele também o faz: «Toda essa indústria que oferece a cura indolor e alegre dos vícios do quotidiano, acaba por nos desumanizar, por reduzir a nossa capacidade de agir a uma outra dependência» («Eu, pós-fumador, não me estou de todo a rir», Miguel Gaspar, Público/P2, 7.07.2007, p. 4). «E, ao fim de duas semanas, o não-fumador em crise de resistência, perguntar-se-á: mas porque é que eu não estou a sorrir como o outro?» («Eu, pós-fumador, não me estou de todo a rir», Miguel Gaspar, Público/P2, 7.07.2007, p. 4). Se, apesar da gravidade, a virgulação incorrecta é atribuível à pressa, para as redundâncias deveria ter já apurado um automatismo.
«Nenhuma das candidaturas quis enfrentar de frente o problema dos milhares de empregos, da multiplicação das empresas municipais ou da progressiva transformação da autarquia num vazio político absoluto, com a conivência de quase todos os partidos nacionais» («Perdidos em Lisboa», Miguel Gaspar, Público/P2, 19.07.2007, p. 3). E como é que Miguel Gaspar pretende que se enfrentem os problemas? Pelas costas? Pelos flancos? Em certa medida, é muito mais surpreendente que um jornalista experiente e com mérito caia nestas redundâncias do que pontue mal. E ele também o faz: «Toda essa indústria que oferece a cura indolor e alegre dos vícios do quotidiano, acaba por nos desumanizar, por reduzir a nossa capacidade de agir a uma outra dependência» («Eu, pós-fumador, não me estou de todo a rir», Miguel Gaspar, Público/P2, 7.07.2007, p. 4). «E, ao fim de duas semanas, o não-fumador em crise de resistência, perguntar-se-á: mas porque é que eu não estou a sorrir como o outro?» («Eu, pós-fumador, não me estou de todo a rir», Miguel Gaspar, Público/P2, 7.07.2007, p. 4). Se, apesar da gravidade, a virgulação incorrecta é atribuível à pressa, para as redundâncias deveria ter já apurado um automatismo.
1 comentário:
O caso do "enfrentar de frente", não é tão grave como os restantes, pois tal como "subir para cima", "entrar para dentro", são pleonásmos. Soam mal, mas em Portugal, fala-se tão mau Português, que um pleonásmo aqui outro ali, é o menor dos problemas.
Uns consideram o pleonásmo uma figura de línguagem, outros um vício de linguagem. Pessoalmente, considero um mal menor.
Mais grave e já escrevi sobre isso no meu blogue, as frases usadas pela maioria dos Portugueses como:
"Amanhã é sábado"
"Para a semana vou ao médico"
"Estou lá dentro de uma hora"
É realmente triste que se fale tão mal nos nossos meios políticos e comunicação social.
Parabéns por este blogue.
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