Cascas de alhos
Há muito anos, vi o cozinheiro basco Karlos Arguiñano, o mais criativo que alguma vez conheci, explicar a diferença entre pele e casca nos alimentos. Uma amêndoa, por exemplo, tem casca; o pêssego, pele. Porquê? Bem, explicava ele, «casca»* tem origem onomatopaica: se faz cás, cás, o alimento tem casca e não pele. Na verdade, a casca da banana, por exemplo, não é suficientemente dura para produzir esse som. Nem a casca da laranja. Nem a da batata (aliás, as batatas também se depelam). Mas o ovo tem, em conformidade com a teoria e na prática, casca, como a têm os amendoins, o caju, as nozes, os pistácios… Os alhos e as cebolas também têm casca. Às línguas, é um facto consabido, falta lógica.
Há muito anos, vi o cozinheiro basco Karlos Arguiñano, o mais criativo que alguma vez conheci, explicar a diferença entre pele e casca nos alimentos. Uma amêndoa, por exemplo, tem casca; o pêssego, pele. Porquê? Bem, explicava ele, «casca»* tem origem onomatopaica: se faz cás, cás, o alimento tem casca e não pele. Na verdade, a casca da banana, por exemplo, não é suficientemente dura para produzir esse som. Nem a casca da laranja. Nem a da batata (aliás, as batatas também se depelam). Mas o ovo tem, em conformidade com a teoria e na prática, casca, como a têm os amendoins, o caju, as nozes, os pistácios… Os alhos e as cebolas também têm casca. Às línguas, é um facto consabido, falta lógica.
* Alguns dicionários indicam como presumível étimo o latino *quassicāre, de quassāre, golpear.
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