Vermes do ouvido
O correio traz-me a programação da Culturgest para o primeiro trimestre de 2008. No livrinho cor de tijolo, leio que o artista plástico Ricardo Jacinto vai ali ter, na Galeria 1, entre 23 de Fevereiro e 11 de Maio, uma exposição intitulada «Earworm». Não se lê ali nenhuma explicação para o título, mas eu lembro-me de ter lido recentemente a palavra. Foi na página 161 da mais que recomendável obra Uma Paixão Humana — O seu Cérebro e a Música, de Daniel J. Levitin (tradução de Bárbara Pinto Coelho, Editorial Bizâncio, Novembro de 2007). Eis o trecho: «Os mecanismos neuronais que estão envolvidos e são comuns à percepção da música e à memória musical permitem perceber porque certas canções nos ficam coladas à cabeça. Os cientistas chamam-lhe vermes do ouvido, do alemão öhrwurm, ou apenas síndrome da canção que não sai do ouvido. Não existe muito trabalho científico sobre este tema. Sabemos que os músicos têm mais probabilidade do que os não músicos de ser atacados por vermes do ouvido, e que as pessoas com distúrbios obsessivo-compulsivos são normalmente as que mais sofrem de perturbações provocadas por vermes do ouvido — em certos casos, a medicação para os distúrbios obsessivo-compulsivos pode minimizar os efeitos.»
1 comentário:
O “earworm” é uma canção, música ou jingle comercial que cola na mente, repetido involuntariamente, que não pode ser removido por maior esforço que se faça; a melhor maneira de se eliminar um “earworm” é substituí-lo por outro.
A Universidade de Cincinnati tem uma página na Internet, “Earworms 101”, em
http://www.business.uc.edu/earworms/101
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