Manda a tradição
No programa Sociedade das Nações de ontem, na Sic Notícias, Nuno Rogeiro, a propósito de um disco, falou nas Cantigas de Santa Maria, uma colecção, uma compilação de 419 cantigas, escritas em galego-português, dedicadas à Virgem, da autoria de Afonso X. E este numeral leu-o Nuno Rogeiro como cardinal: Afonso Dez. Ora, a verdade é que na designação de papas, soberanos, séculos e partes de uma obra se usam os ordinais até décimo quando o substantivo antecede o numeral. Logo, deveria ter dito Afonso Décimo. Se há alguma coisa facultativa é o uso dos cardinais quando o número é superior a dez, isso sim. É para prevenir estas confusões e trapalhadas que algumas revistas e jornais brasileiros usam, nestas circunstâncias, algarismos arábicos, como podem ver na imagem acima: João Paulo 2.º e Bento 16. Muito inventivos e práticos, os Brasileiros. Cada vez gosto mais deles. E é um amor recíproco, sei-o, porque 50 % dos meus leitores são brasileiros.
No programa Sociedade das Nações de ontem, na Sic Notícias, Nuno Rogeiro, a propósito de um disco, falou nas Cantigas de Santa Maria, uma colecção, uma compilação de 419 cantigas, escritas em galego-português, dedicadas à Virgem, da autoria de Afonso X. E este numeral leu-o Nuno Rogeiro como cardinal: Afonso Dez. Ora, a verdade é que na designação de papas, soberanos, séculos e partes de uma obra se usam os ordinais até décimo quando o substantivo antecede o numeral. Logo, deveria ter dito Afonso Décimo. Se há alguma coisa facultativa é o uso dos cardinais quando o número é superior a dez, isso sim. É para prevenir estas confusões e trapalhadas que algumas revistas e jornais brasileiros usam, nestas circunstâncias, algarismos arábicos, como podem ver na imagem acima: João Paulo 2.º e Bento 16. Muito inventivos e práticos, os Brasileiros. Cada vez gosto mais deles. E é um amor recíproco, sei-o, porque 50 % dos meus leitores são brasileiros.