17.6.08

Pronúncia: «estádio»

Por exemplo

Maria de Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina, talvez por ter sido ministra da Saúde, deturpa algumas palavras como os médicos. Diz, por exemplo, «estadio» em vez de «estádio», como ainda hoje de manhã fez aos microfones da TSF. «Estadio» simplesmente não existe. Se eu fosse dialogue coach dela (o profissional que ajuda actores a treinar a dicção e as inflexões adequadas à personagem que desempenham), dir-lhe-ia que é um erro. Como não sou, digo-lho na mesma. Sem cobrar honorários.

3 comentários:

Xantipa disse...

Também já expliquei essa a vários médicos. Alguns aceitaram. Outros não.
Um abraço

Helder Guégués disse...

Eles nunca aceitam os nossos diagnósticos. «Sempre ouvi assim na faculdade.» Teríamos de embarcar na máquina do tempo e ensinar os professores deles.
Um abraço

Anónimo disse...

Helder Guégués,

A força do uso molda: a língua serve para nos servir e não o contrário.

Não sou médico, no entanto tenho uma amostra generosa do vocabulário específico. Até hoje nunca ouvi a forma "correcta". Portanto, pela democratização do tremo, mais cedo ou mais tarde terá que ser norma. Presumo que a nosso língua seja dinâmica.

Não creio que os médicos desconheçam a forma "estádio", logo, não foi por desconhecimento desta forma que optaram por outra.

Tomando o pressuposto deste post, o português cristalizaria, o que parece não ocorrer.