Dignidade
Ana Margarida de Carvalho perguntou a João Ubaldo Ribeiro, distinguido com o Prémio Camões 2008, na entrevista que lhe fez para a Visão (edição de 31.07.2008, p. 18) como anda a língua portuguesa, ao que o escritor respondeu: «Não estamos no bom caminho. Vocês em Portugal se comportam com mais dignidade. E se recusam a se curvar, da mesma forma subserviente que nós, à influência americana.»
Ana Margarida de Carvalho perguntou a João Ubaldo Ribeiro, distinguido com o Prémio Camões 2008, na entrevista que lhe fez para a Visão (edição de 31.07.2008, p. 18) como anda a língua portuguesa, ao que o escritor respondeu: «Não estamos no bom caminho. Vocês em Portugal se comportam com mais dignidade. E se recusam a se curvar, da mesma forma subserviente que nós, à influência americana.»
4 comentários:
Com mais dignidade? Foi tempo. E depois curvamo-nos à influência brasileira, ocultos nos PLP (sem Angola e Moçambique), sob a peregrina ideia de reconstruir um outro império, mas ao contrário. O império da Língua, do Sr. Castelejo. Vamos ver se, depois do dicionário e do Acordo Ortográfico, não vai querer pôr a cereja no topo: o Acordo Sintáctico da Língua Portuguesa. É o que nos falta. E com governos iliteratos todos os Dantas são possíveis.
Apanho a gralha palradora que ficou a voar-me no subconsciente: no comentário acima, onde se lê Castelejo, deve ler-se Casteleiro, de João Malaca Casteleiro, que, para leigos como eu, começou a ganhar foros de controvérsia com o Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, que está ali na estante dos dicionários e de que foi coordenador.
Castelejo?
Caspité...
As gralhas pretas e os corvos vermelhos
Pois "caspité" não consta do dicionário coordenado pelo Prof. "Castelejo" nem de nenhum outro dos que tenho. Poderia desculpar-se o Prof. por entender ou permitir ter entendido que essa interjeição não é do português contemporâneo.
Mas também não consta dos dicionários de português da Porto Editora, C. Michäelis, Morais e Houaiss, não porque pertença ao galaico-português dos trovadores, mas porque é uma palavra proparoxítona: cáspite, e por isso acentuada na antepenúltima sílaba, tal como estas duas últimas palavras:
antepenúltima sílaba
Boa ocasião para, Sr. albinomatos.
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