8.8.08

«Tutsis» («Tútsis») e «Hutus» («Hútus»)

Sic, sic, sic...

«No Ruanda, os belgas ficam na história por terem patrocinado a estratificação étnica, reconhecendo aos tutsis a supremacia sobre os hutu» («Bélgica: país à beira da divisão?», Alexandra Carreira, Diário de Notícias, 21.07.2008, p. 28). «Tutsis» e «hutu»? Há-de ser «Tutsis» e «Hutus», ou, seguindo a adaptação registada no Dicionário Houaiss, «Tútsis» e «Hútus», porque são palavras graves (também chamadas «proparoxítonas» por Carlos Rocha aqui, e ninguém corrige). Mas o «hutu» foi lapso do Diário de Notícias, pois duas semanas mais tarde lia-se no mesmo jornal: «Ainda segundo aquele relatório, os militares franceses “deixaram operacional [sic] as infra-estruturas do genocídio, em especial os postos de controlo das milícias Interahamwe (os extremistas hutus). Os franceses pediram expressamente que as Interahamwe continuassem a controlar os postos de controlo e a matar os tutsis, [sic] que por aí tentassem passar”» («Ruanda acusa Paris de envolvimento em genocídio», Diário de Notícias, 6.08.2008, p. 25).

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