Mitos urbanos
No programa O Amor É…, Júlio Machado Vaz acabou de dizer que desde sempre a virgindade foi valorizada, «através de presentes, camelos»… Será «presentes» ou «prendas»? Já vi pessoas serem corrigidas em público por dizerem «prenda» em vez de «presente». São, porém, termos sinónimos. O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora diz de «prenda» que é o «objecto que se dá ou recebe como oferta; presente» e de «presente» que é o «que se dá ou recebe como oferta; prenda». Qual a diferença? Talvez através da etimologia se possa estabelecer alguma distinção, de relevância meramente académica, mas o certo é que no dia-a-dia são sinónimos puros. Tanto como «pomada» e «graxa». Recentemente, foi a minha vez de ser corrigido: que não se diz «pomada», mas «graxa». A sério? Mas os dicionários são unânimes em afirmar que a pomada é um «produto para polimento, de consistência pastosa». Tanto assim é que os fabricantes deste produto é a palavra «pomada» — ou nunca leram? — que inscrevem nas embalagens. São os mitos urbanos linguísticos…
2 comentários:
Agradeço-te pelo esclarecimento!
Encarnado e vermelho, cortinas e cortinados, etc. A utilização varia consoante a pessoa e o contexto, se não estou em erro.
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