Um novo ensino?
Carlos Reis, reitor da Universidade Aberta e especialista em Estudos Portugueses, foi convidado pelo Governo para coordenar a equipa que elaborou os novos programas de Português dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, actualmente em consulta pública. Em entrevista ao Público na segunda-feira, afirmou que os novos programas vêm combater a cultura de facilitismo e de tolerância ao erro que tem imperado nos últimos anos no ensino. Como?, pergunta-lhe a jornalista. «De duas formas. Antes de mais, acabando com a chamada “pedagogia do erro”. Aquela coisa de “se o menino erra[,] tem de se valorizar o erro, a expressividade...”. Sou completamente contra isso. Um erro é um erro, em Português como em Matemática. Se no discurso corrente, quotidiano, o sujeito não concorda com o predicado, isso é um erro.» A outra forma: «Os novos programas revalorizam aquilo a que os especialistas chamam o conhecimento explícito da língua e, dentro dele, o domínio da gramática, que durante anos foi, por assim dizer, marginalizada. Não pretendemos martirizar ninguém, mas sim que a língua mantenha alguma coesão. Porque a gramática não é um fim em si mesmo, é um instrumento fundamental para que possamos, justamente, ter a noção do erro» («“São precisos professores que gostem de ler”», Graça Barbosa Ribeiro, Público, 9.02.2009, p. 10).
Carlos Reis, reitor da Universidade Aberta e especialista em Estudos Portugueses, foi convidado pelo Governo para coordenar a equipa que elaborou os novos programas de Português dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, actualmente em consulta pública. Em entrevista ao Público na segunda-feira, afirmou que os novos programas vêm combater a cultura de facilitismo e de tolerância ao erro que tem imperado nos últimos anos no ensino. Como?, pergunta-lhe a jornalista. «De duas formas. Antes de mais, acabando com a chamada “pedagogia do erro”. Aquela coisa de “se o menino erra[,] tem de se valorizar o erro, a expressividade...”. Sou completamente contra isso. Um erro é um erro, em Português como em Matemática. Se no discurso corrente, quotidiano, o sujeito não concorda com o predicado, isso é um erro.» A outra forma: «Os novos programas revalorizam aquilo a que os especialistas chamam o conhecimento explícito da língua e, dentro dele, o domínio da gramática, que durante anos foi, por assim dizer, marginalizada. Não pretendemos martirizar ninguém, mas sim que a língua mantenha alguma coesão. Porque a gramática não é um fim em si mesmo, é um instrumento fundamental para que possamos, justamente, ter a noção do erro» («“São precisos professores que gostem de ler”», Graça Barbosa Ribeiro, Público, 9.02.2009, p. 10).
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