A golpes de gládio
Na obra que citei no texto anterior, escreve Fernando Cabral Martins: «O primeiro verso saiu na 1.ª edição, lição que é recebida na edição crítica de José Augusto Seabra, assim: “Deu-me Deus o seu gládio, porque eu faça”. Segundo a mesma edição crítica, este “porque” teria uma “função de conjunção final” (28). O facto é que só pode ter essa função se tiver a forma disjunta “por que”. Isto mesmo leu David Mourão-Ferreira, que escreve o verso desse modo — aqui seguido. No espólio, há um dactiloscrito (121-2) em que o verso tem esta mesma forma» (pp. 98-99). Celso Cunha e Lindley Cintra não sancionam a crítica do autor, pois entre as conjunções e as locuções conjuncionais subordinativas finais enumeram: para que, a fim de que, porque (Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3.ª ed., 1986, p. 582). Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa. 37.ª ed. Rio de Janeiro, 2002, p. 328) diz precisamente o mesmo.
Na obra que citei no texto anterior, escreve Fernando Cabral Martins: «O primeiro verso saiu na 1.ª edição, lição que é recebida na edição crítica de José Augusto Seabra, assim: “Deu-me Deus o seu gládio, porque eu faça”. Segundo a mesma edição crítica, este “porque” teria uma “função de conjunção final” (28). O facto é que só pode ter essa função se tiver a forma disjunta “por que”. Isto mesmo leu David Mourão-Ferreira, que escreve o verso desse modo — aqui seguido. No espólio, há um dactiloscrito (121-2) em que o verso tem esta mesma forma» (pp. 98-99). Celso Cunha e Lindley Cintra não sancionam a crítica do autor, pois entre as conjunções e as locuções conjuncionais subordinativas finais enumeram: para que, a fim de que, porque (Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3.ª ed., 1986, p. 582). Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa. 37.ª ed. Rio de Janeiro, 2002, p. 328) diz precisamente o mesmo.
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