Perfeito, bedel
Quando leio em gramáticas e em manuais escolares, como exemplo de parónimos, as palavras «prefeito» e «perfeito», rio-me sempre. Uma criança brasileira sabe o que é um prefeito, como o saberá um luso-descendente (e quando é que no Diário de Notícias começam a grafar correctamente esta palavra? «Bebé lusodescendente em coma induzido» [Alexandra Carreira, 26.01.2009, p. 24]) que viva em França ou na Suíça. Para uma criança portuguesa, um prefeito é algo tão obscuro como um bedel para a generalidade dos leitores. Palavras parónimas, vale lembrar, são as que têm escrita e pronúncia semelhantes e são passíveis de confusão. Um dos melhores exemplos são as palavras «dispensa» e «despensa». Acabei de rever um texto em que se lia: «O futuro da humanidade passa por olhar, de novo, para a Terra como a verdadeira dispensa, e privilegiar os produtos biológicos às refeições.» Entre eminente e iminente, florescente e fluorescente, descrição e discrição, apóstrofe e apóstrofo, as confusões são diárias…
Quando leio em gramáticas e em manuais escolares, como exemplo de parónimos, as palavras «prefeito» e «perfeito», rio-me sempre. Uma criança brasileira sabe o que é um prefeito, como o saberá um luso-descendente (e quando é que no Diário de Notícias começam a grafar correctamente esta palavra? «Bebé lusodescendente em coma induzido» [Alexandra Carreira, 26.01.2009, p. 24]) que viva em França ou na Suíça. Para uma criança portuguesa, um prefeito é algo tão obscuro como um bedel para a generalidade dos leitores. Palavras parónimas, vale lembrar, são as que têm escrita e pronúncia semelhantes e são passíveis de confusão. Um dos melhores exemplos são as palavras «dispensa» e «despensa». Acabei de rever um texto em que se lia: «O futuro da humanidade passa por olhar, de novo, para a Terra como a verdadeira dispensa, e privilegiar os produtos biológicos às refeições.» Entre eminente e iminente, florescente e fluorescente, descrição e discrição, apóstrofe e apóstrofo, as confusões são diárias…