Devolvam-no-los
Já aqui lembrei que só com o Acordo Ortográfico de 1945, e mais precisamente com a sua Base XLIX, é que foram expressamente abolidas as formas invertidas do ponto de interrogação e do ponto de exclamação, que passaram a ser apenas usados nas suas formas normais (? e !) para assinalar o fim de interrogações ou exclamações. Vejam agora este exemplo: «Pois bem: ¿há quem possa formar qualquer ideia clara do que seja um meio termo entre uma coisa e a outra?» (Odes Modernas, Antero de Quental. Edição fac-símile da edição organizada, prefaciada e anotada por António Sérgio [1943], Sá da Costa Editora, 2009, p. 206). Não é — por, sendo embora uma interrogativa parcial, ter os dois-pontos a indicar o fim da prótase, ou primeira parte do período gramatical — o melhor exemplo, mas serve para aferir da utilidade quando a frase for parcialmente interrogativa, pois na leitura em voz alta, se não conhece o texto, quem lê não sabe onde começa a curva ascendente na entoação.
Nem todas as mudanças são boas, é o que se pode concluir. Afinal, os Espanhóis passaram por uma evolução diferente, já que somente no século XVIII passaram a usar os pontos invertidos.
Já aqui lembrei que só com o Acordo Ortográfico de 1945, e mais precisamente com a sua Base XLIX, é que foram expressamente abolidas as formas invertidas do ponto de interrogação e do ponto de exclamação, que passaram a ser apenas usados nas suas formas normais (? e !) para assinalar o fim de interrogações ou exclamações. Vejam agora este exemplo: «Pois bem: ¿há quem possa formar qualquer ideia clara do que seja um meio termo entre uma coisa e a outra?» (Odes Modernas, Antero de Quental. Edição fac-símile da edição organizada, prefaciada e anotada por António Sérgio [1943], Sá da Costa Editora, 2009, p. 206). Não é — por, sendo embora uma interrogativa parcial, ter os dois-pontos a indicar o fim da prótase, ou primeira parte do período gramatical — o melhor exemplo, mas serve para aferir da utilidade quando a frase for parcialmente interrogativa, pois na leitura em voz alta, se não conhece o texto, quem lê não sabe onde começa a curva ascendente na entoação.
Nem todas as mudanças são boas, é o que se pode concluir. Afinal, os Espanhóis passaram por uma evolução diferente, já que somente no século XVIII passaram a usar os pontos invertidos.
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