24.5.09

Plural de palavras estrangeiras (II)

Imagem: http://www.ci.santa-ana.ca.us/

Nem pensar



      Já aqui alertei para a formação do plural de palavras estrangeiras. Até escrevi: «Também acontece muitas vezes, para formar o plural, juntar-se-lhe um s, o que pode não se adequar ao original (pensemos no italianismo graffiti).» Eis que leio no Público: «Damos a volta ao quarteirão. Nas traseiras, a onda que o Bonjour Tristesse [nome dado ao edifício, em Berlim, que constituiu o primeiro projecto arquitectónico de Siza Viera fora de Portugal] desenha na sua fachada principal, enrola-se ao contrário, para dentro, e os grafittis ainda não invadiram muito a pintura» («“Obrigada, arquitecto Siza, por ter feito uma casa tão bonita”», Alexandra Prado Coelho, 8.03.2009, Público/P2, p. 8). Para agravar, a palavra não tem dois tês, mas sim dois efes. Erro que também se lê num texto, «Ortografia, a nossa impressão digital», de Lídia Jorge: «Procuraria evitar a todo o custo que a única assinatura de um jovem, num futuro próximo, fosse apenas um grafitti na parede.»