Então, se é assim…
«O ideal seria que a primeira refeição fosse constituída por 50% de carboidratos, 30% de proteína e 20% de gordura» («Tome o pequeno-almoço», Cosmopolitan, n.º 203, Março de 2009, p. 95). Dantes, eram conhecidos apenas por hidratos de carbono e só os dicionários brasileiros registavam carboidrato. Agora, pelo que vejo, até nos dicionários editados em Portugal está registado. Já tenho lido a forma, incorrecta, pois o h interno nunca pode persistir, carbohidrato. Por outro lado, se se escreve «carboidrato», não se deveria poder escrever «superomem»? Certo, super é um prefixo, e com prefixos, usa-se sempre o hífen antes de palavra iniciada por h. Mas também em subumano (que a 5.ª edição do Volp regista a par de sub-humano, tal como regista carboidrato e carbo-hidrato, tendo a Academia Brasileira de Letras afirmado, oportunamente, que a regra é a de nos casos em que não houver perda da vogal do primeiro elemento e o elemento seguinte começar com h, serem usadas as duas formas gráficas) é prefixo e o h caiu, ocorrendo aglutinação. Uma excepçãozinha... A propósito, na translineação, divide-se assim o vocábulo: su-bu-ma-no. É que, em português, e por muito que isto não caiba na cabeça de alguns falantes, a separação de sílabas é feita sem levar em conta a estrutura morfológica dos vocábulos.
«O ideal seria que a primeira refeição fosse constituída por 50% de carboidratos, 30% de proteína e 20% de gordura» («Tome o pequeno-almoço», Cosmopolitan, n.º 203, Março de 2009, p. 95). Dantes, eram conhecidos apenas por hidratos de carbono e só os dicionários brasileiros registavam carboidrato. Agora, pelo que vejo, até nos dicionários editados em Portugal está registado. Já tenho lido a forma, incorrecta, pois o h interno nunca pode persistir, carbohidrato. Por outro lado, se se escreve «carboidrato», não se deveria poder escrever «superomem»? Certo, super é um prefixo, e com prefixos, usa-se sempre o hífen antes de palavra iniciada por h. Mas também em subumano (que a 5.ª edição do Volp regista a par de sub-humano, tal como regista carboidrato e carbo-hidrato, tendo a Academia Brasileira de Letras afirmado, oportunamente, que a regra é a de nos casos em que não houver perda da vogal do primeiro elemento e o elemento seguinte começar com h, serem usadas as duas formas gráficas) é prefixo e o h caiu, ocorrendo aglutinação. Uma excepçãozinha... A propósito, na translineação, divide-se assim o vocábulo: su-bu-ma-no. É que, em português, e por muito que isto não caiba na cabeça de alguns falantes, a separação de sílabas é feita sem levar em conta a estrutura morfológica dos vocábulos.
5 comentários:
Cf. www.powerade.pt e "rehidratar". Também há uns cremes, também de multinacionais, que "rehidratam". É uma causa perdida, mas não causa necessariamente desgraça.
Quem falou em desgraça? Nem em analfabetismo falei, e podia tê-lo feito.
1)- Prefiro 'hidratos de carbono' a 'carboidratos' (sem h, obviamente) (do inglês «carbohydrates»), porque, além de mais antigo, é vernáculo.
2)- Porque, seguindo o actual Acordo Ortográfico (1945) [AO], prefiro 'sub-humano' (como 'sub-homem', sub-hidroclorato' e 'sub-hirsuto' "in" «Vocabulário Ortográfico da L. P.», de F. Rebelo Gonçalves, Coimbra Editora 1966) (regra 7 da Base XXIX do AO) (divisão silábica: sub/hu/ma/no).
'super-homem' e 'super-humano', como 'supra-hepático', pela regra 5 da mesma Base.
'sobre-humano', pela regra 4.
'supra-hepático' e 'ultra-humano' pela regra 1.
eu sou pela simplificaçãoo, logo, carboidrato e subumano, etc. em superomem nunca havia pensado, mas acho que ainda justifica o hífen, e é uma questão diferente dos dois exemplos anteriores.
Entre carboidrato e carbo-hidrato, o mais simples é carbohidrato. Por isso é que a Powerade o usa.
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