23.6.09

Sobre «braille»

Iídiche e braile

«Traduzidos em praticamente todas as línguas e linguagens, incluindo o yidish, o latim, o esperanto, o Braille e o ITA (initial teaching alphabet), os dois livros de Milne e a sua desconcertante inocência linguística (nunca como em Winnie-the-Pooh se terá ido tão longe no uso retórico do erro ortográfico e da irrisão e dissolução verbais) constituem um reencontro melancólico e feliz com o distante mistério da infância e são hoje “clássicos” dos públicos adolescentes e adultos mais ainda, talvez, do que do público especificamente infantil» («F de falso», Manuel António Pina, Notícias Magazine, 31.05.2009, p. 98). Não se percebe (ou percebe, já vamos ver) porque é que o autor escrever Braille com maiúscula e o nome das restantes línguas em minúscula inicial. Há-de ter sido porque o sistema de escrita foi inventado pelo pedagogo francês Louis Braille (1809–1852). É claro que podia tê-la grafado em maiúscula inicial, se tivesse feito o mesmo com a designação das outras línguas. Como não o fez, correcto é braille ou mesmo braile. E é claro que prefiro a grafia aportuguesada iídiche.

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