Escrever difícil
«Through Galton, Quételet’s work infused the biological sciences.» «Através de Galton, o trabalho de Quételet penetrou nas ciências biológicas.» Agora já ninguém liga, mas Vasco Botelho de Amaral ainda se viu obrigado a referir que este vício de linguagem, hoje tão insuspeito, que consiste no emprego desta locução preposicional a reger nome de pessoas ou a indicar meio: «Esta mania do através tenho-a notado em muita gente que fala e escreve difícil» (A Bem da Língua Portuguesa. Lisboa: Edição da Revista de Portugal, 1943. p. 225). E ainda há (há sempre) pior, que é a omissão da preposição de, o que constitui um galicismo sintáctico, erro que vejo frequentemente em autores brasileiros. «J’ai reçu un coup d’épée dans la poitrine et un coup de dague à travers le bras» (Alexandre Dumas (pai), A Rainha Margot). A língua evolui, nós é que nem por isso.
«Through Galton, Quételet’s work infused the biological sciences.» «Através de Galton, o trabalho de Quételet penetrou nas ciências biológicas.» Agora já ninguém liga, mas Vasco Botelho de Amaral ainda se viu obrigado a referir que este vício de linguagem, hoje tão insuspeito, que consiste no emprego desta locução preposicional a reger nome de pessoas ou a indicar meio: «Esta mania do através tenho-a notado em muita gente que fala e escreve difícil» (A Bem da Língua Portuguesa. Lisboa: Edição da Revista de Portugal, 1943. p. 225). E ainda há (há sempre) pior, que é a omissão da preposição de, o que constitui um galicismo sintáctico, erro que vejo frequentemente em autores brasileiros. «J’ai reçu un coup d’épée dans la poitrine et un coup de dague à travers le bras» (Alexandre Dumas (pai), A Rainha Margot). A língua evolui, nós é que nem por isso.
Sem comentários:
Enviar um comentário