17.7.09

Iliteracia

Imagem: http://www.diariodetrasosmontes.com/

E esse ensino primário?

No noticiário das 9 da manhã na Antena 1, Eduarda Maio falou da inauguração da ponte internacional de Quintanilha, sobre o rio Maçãs, em Bragança, prevista para hoje. No local estava o repórter Virgílio Cavaco, que, depois de ter dito que o atraso na abertura da ponte se deveu ao facto de os acessos do lado espanhol só agora terem sido concluídos, disse «como tu referistes». Ainda que uma tratadora de cães fale assim, vá que não vá — mas um jornalista? Como disse a propósito dos professores, é uma absoluta, completa e irremissível vergonha. Na televisão, na escola, na rádio… estamos bem entregues.

4 comentários:

Anónimo disse...

Já que estamos no domínio da revisão oral, ouvi (e vi) ontem um anúncio na TV aos "mólhos" Heinz. Acabou-se a regra de que aos "mólhos", só o alecrim.

Helder Guégués disse...

Acabou-se foi o conhecimento da regra e a vontade de despender esforço para atingir o conhecimento.

O Sousa da Ponte - João Melo de Sousa disse...

Olá

Isto sem estar a defender ninguém.

A verdade é que por vezes temos vícios de linguagem que utilizamos principalmente em situações de stress.

Um jornalista tem um auricular e um produtor a dizer-lhe que está atrasado, que não é nada disso e outras coisas assim.

Depois tem de ter cuidado com a postura corporal e ouvir minimamente o que lhe estão a dizer fora do auricular.

É daí que nascem gaffes monumentais.

Não sei se se lembram durante o incêndio no Chiado o locutor da renascença, quando estavam a ruir os armazéns do Chiado que disse :

-É um espectáculo dantesco...é um quadro de ...é ..é .. é do caralho senhores ouvintes!

Depois a emissão foi cortada e passou para os estúdios.

E este exemplo que deu é típico.
Sob pressão é fácil terminar uma frases com referistes, prontos ou outro disparate do género.

É que os programas ao vivo são um risco mesmo...

dulce surgy disse...

O professor do 3º ano dos meus filhos chamou-me um dia à escola para me dizer "o seu filho portou-se mal e eu puzio de castigo" (não sabia se havia de escrever puzi-o ou púzi-o ou...).
Claro que o miúdo se livrou de um raspanete porque perto da "falta" do professor o que quer que ele tivesse feito se tornara relativo!
E é assim, apresentadores, jornalistas, políticos e até professores... se lessem este espaço talvez...