Falsas convicções
Dizia, ontem, aquele revisor que está farto de avisar as meninas do andar de cima que não devem confundir «congénere» com «homólogo». Em vão, lamentou-se. Se, exemplificava, o texto fala de ministros, o termo correcto era «homólogo» e não «congénere». Ora, o Dicionário Houaiss regista como exemplo de uso do termo «congénere»: «O ministro encontrou-se com seus congéneres em Paris.» Já o adjectivo «homólogo», para o mesmo dicionário, é o que mantém com outro elemento similar uma relação de correspondência que pode ser de localização, de forma, de função, etc. Pelo que vejo, «homólogo» é mais utilizado para pessoas, ao passo que «congénere» é mais usado com instituições. Não se pode é dizer mais do que isto. «O presidente sul-africano, Jacob Zuma, eleito em Maio, escolheu Angola como o primeiro destino para uma visita oficial e ouviu o seu homólogo angolano afirmar o desejo de “intensificar as relações” entre os dois países» («Angola e África do Sul estreitam relações», A Bola, 20.08.2009). «A Selecção portuguesa de andebol de sub-21 venceu, esta segunda-feira, a sua congénere espanhola por 28-24, conquistando o sétimo lugar entre 24 equipas no Mundial que termina quarta-feira, no Cairo» («Mundial de Juniores: Portugal termina em sétimo com vitória no duelo ibérico», A Bola, 17.08.2009).
Dizia, ontem, aquele revisor que está farto de avisar as meninas do andar de cima que não devem confundir «congénere» com «homólogo». Em vão, lamentou-se. Se, exemplificava, o texto fala de ministros, o termo correcto era «homólogo» e não «congénere». Ora, o Dicionário Houaiss regista como exemplo de uso do termo «congénere»: «O ministro encontrou-se com seus congéneres em Paris.» Já o adjectivo «homólogo», para o mesmo dicionário, é o que mantém com outro elemento similar uma relação de correspondência que pode ser de localização, de forma, de função, etc. Pelo que vejo, «homólogo» é mais utilizado para pessoas, ao passo que «congénere» é mais usado com instituições. Não se pode é dizer mais do que isto. «O presidente sul-africano, Jacob Zuma, eleito em Maio, escolheu Angola como o primeiro destino para uma visita oficial e ouviu o seu homólogo angolano afirmar o desejo de “intensificar as relações” entre os dois países» («Angola e África do Sul estreitam relações», A Bola, 20.08.2009). «A Selecção portuguesa de andebol de sub-21 venceu, esta segunda-feira, a sua congénere espanhola por 28-24, conquistando o sétimo lugar entre 24 equipas no Mundial que termina quarta-feira, no Cairo» («Mundial de Juniores: Portugal termina em sétimo com vitória no duelo ibérico», A Bola, 17.08.2009).
Actualização em 15.09.09
Cá está de novo o uso reprovado pelo revisor antibrasileiro: «O ministro da Agricultura, Jaime Silva, e a sua congénere holandesa, Gerder Verburg, posam para os repórteres fotográficos depois de plantarem uma árvore no decorrer de uma visita a uma exploração florestal nos arredores de Vaxjo, na Suécia» («Jaime Silva planta árvores no ‘bosque da UE», Diário de Notícias/«DN Bolsa», 15.09.2009, p. 37).
Actualização em 10.1.2010
«O salário dos clínicos cubanos é um mistério. O Ministério da Saúde diz que ganham “sensivelmente” o mesmo que os seus congéneres portugueses. Mas dessa fatia a maior parte vai para o Governo de Havana. Inicialmente, os médicos ficavam com 300 euros. Agora ganharão 500. A embaixada de Cuba diz que nada pode dizer sobre o assunto» («Salários dos clínicos cubanos são um mistério», Público, 10.1.2010, p. 1).
1 comentário:
Confesso não ver diferença em usar uma ou outra designação em quaisquer casos: SELECÇÃO HOMÓLOGA (isto é, equivalente, no caso nacional) ou SELECÇÃO CONGÉNERE (isto é, do mesmo tipo) e MINISTRO HOMÓLOGO (por exemplo da Defesa) ou MINISTRO CONGÉNERE.
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