27.11.09

Sobre «incestuário»

Hitler e as vírgulas

      O original diz: «So he was ready to assume that promising children when found in low, nondescript families could be “incestuaries.” The word in German, as he coined it, was Inzestuarier. He did not like the more common term of such disgrace, Blutschande (blood-scandal), or as it is sometimes employed in polite circles, Dramatik des Blutes (blood-drama).» E o tradutor verteu assim: «Assim, estava pronto a assumir que as crianças promissoras, quando oriundas de famílias inferiores e indeterminadas, podiam ser “incestuárias”. A palavra em alemão, tal como ele a cunhou, era Inzestuarier. Ele não gostava do termo mais comum para desgraças destas, Blutschande, (escândalo de sangue), ou, como é por vezes empregue nos círculos educados, Dramatik des Blutes, (drama de sangue)» (O Fantasma de Hitler, Norman Mailer. Tradução de Octávio Gameiro e revisão de João Vidigal. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2007, p. 15). Incestuoso também a língua inglesa tem (incestuous). Naturalmente, a uma palavra cunhada tem de se fazer corresponder outra invenção. (Só um reparo, colega revisor: as vírgulas antes dos parênteses de abertura servem para quê?)

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