Como uma nódoa
A propósito da ortografia do vocábulo saloiice, com que um crítico da revista Ípsilon/Público não atinou (espero que não se interrogue, à semelhança de outro crítico, se «estará a acção de uma pessoa que escreve recensões […] sujeita a réplicas e tréplicas»), um anónimo perguntou-me se «então, não devia ser “chatoíce”». Mas talvez pergunte mal. O que fiz nesse texto («Saloi(o)+ice») foi mostrar, em duas linhas, que não se pode tomar a formação de um («saloiice») nem de outro («parvoíce») como única ou paradigmática. Afinal, porque é que é parvoíce e não parvice, é essa a pergunta? Também está errada: por exemplo o VOLP regista «parvice». Contudo, a tradição da língua na formação de derivados de «parvo» foi pela manutenção da forma /parvo/. Compare-se: parvoalho, parvoeira, parvoidade, parvoejar, parvoíce. O parvo fica lá sempre, indelével como uma nódoa.
A propósito da ortografia do vocábulo saloiice, com que um crítico da revista Ípsilon/Público não atinou (espero que não se interrogue, à semelhança de outro crítico, se «estará a acção de uma pessoa que escreve recensões […] sujeita a réplicas e tréplicas»), um anónimo perguntou-me se «então, não devia ser “chatoíce”». Mas talvez pergunte mal. O que fiz nesse texto («Saloi(o)+ice») foi mostrar, em duas linhas, que não se pode tomar a formação de um («saloiice») nem de outro («parvoíce») como única ou paradigmática. Afinal, porque é que é parvoíce e não parvice, é essa a pergunta? Também está errada: por exemplo o VOLP regista «parvice». Contudo, a tradição da língua na formação de derivados de «parvo» foi pela manutenção da forma /parvo/. Compare-se: parvoalho, parvoeira, parvoidade, parvoejar, parvoíce. O parvo fica lá sempre, indelével como uma nódoa.
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