4.1.10

Acordo Ortográfico

Veremos


      «O próximo romance de António Lobo Antunes», escreveu Isabel Coutinho no penúltimo dia de 2009, «já está a ser lido pela editora Maria da Piedade Ferreira. “Ainda não troquei impressões com os meus autores [Mário Cláudio e Rui Cardoso Martins]. O acordo não tem sido para já assunto de conversa”, diz. “Mas não vou tocar na escrita de Lobo Antunes. É uma prosa muito específica, muito particular”» («Na literatura, cada um faz o que quer», Público, 30.12.2009, p. 4).
      Significará a afirmação, acaso, que essa «prosa muito específica, muito particular» é inconvertível à nova ortografia? Isso não existe, simplesmente. Os autores querem ou não querem ou estão-se nas tintas — pelo menos, edições ne varietur à parte, enquanto forem vivos.

[Post 2978]

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